O World Boxing Championships 2025, em Liverpool, chegou às quartas de final com o Brasil vivo em sete categorias. A semana já entregou zebras, vitórias por interrupção médica, decisões apertadas e favoritos confirmando vaga nos dois naipes. Quem vence as quartas já garante medalha (não há disputa de bronze). Abaixo: o que rolou desde as eliminatórias, destaques por categoria, quem o Brasil enfrenta e como assistir.
Onde e quando
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Cidade/arena: Liverpool (M&S Bank Arena)
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Janela do evento: 4 a 14 de setembro
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Quartas de final: a partir de 10 de setembro (duas sessões por dia — manhã e tarde, horário local)
Como o torneio chegou até aqui (resumo por fases)
Eliminatórias e 16 avos
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Altíssimo volume de estreantes, principalmente no feminino, com muitas lutas decididas por 3:2 (juízes divididos).
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A regra de pontuação de 10 pontos por round segue valorizando jabs limpos e controle de distância — menos “rush” e mais leitura tática.
Oitavas de final
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Primeiras grandes zebras: cabeças de chave caíram em confrontos de estilos (boxeadoras de pressão vs. contragolpeadoras longas).
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Brasil avançou com vitórias técnicas e placares amplos em algumas categorias, sustentando o plano de múltiplas medalhas.
🇧🇷 Brasil nas quartas — quem luta e o que cada duelo pede
Vitória nas quartas = medalha garantida. Abaixo, o “mapa de luta” para cada brasileiro(a).
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Tatiana Chagas (–54 kg, F) x Aeji Im (KOR)
Chave técnica: manter o centro e pontuar no 1–2 sem ficar parada nos cantos; evitar troca curta onde a coreana cresce. -
Rebeca Santos (–60 kg, F) x Camila Camilo Bravo (COL)
Chave técnica: volume com variação de altura (tronco/cabeça) + passos diagonais após combinações para não “doar” contra-golpes. -
Viviane Pereira (–75 kg, F) x Wang Lina (CHN)
Chave técnica: jab firme para entrar em short-mid range e trabalhar cruzados; atenção a clinches longos. -
Luiz Oliveira “Bolinha” (–60 kg, M) x Pawel Brach (POL)
Chave técnica: ritmo alto, ângulos depois do jab e out-jabbing na longa; não alongar trocas na corda. -
Yuri Falcão (–65 kg, M) x Shion Nishiyama (JPN)
Chave técnica: chutar a porta com jab de mão dianteira, cortar a saída com direto e não aceitar luta “a passo” onde o japonês pontua. -
Wanderley Pereira (–80 kg, M) x Yojerlin Cesar (FRA)
Chave técnica: pêndulo curto para quebrar o tempo do francês, que gosta de primeira intenção; trabalhar body-head. -
Isaías “Samurai” (–90 kg, M) x Georges Malachi (USA)
Chave técnica: comando de centro e feints para obrigar erro; usar direto por dentro do jab americano e travar clinches “raspando” tempo.
O que mais marcou o Mundial até agora
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Duelo de escolas: Leste Europeu e Ásia vieram com seleções fundas e muito ajuste de distância; Américas responderam com volume e variação de ritmos.
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Feminino em alta: mais nocautes técnicos do que nas últimas edições, com árbitros intervindo cedo em desequilíbrios visíveis.
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Ajuste dos juízes: rounds “limpos” e domínio territorial estão pesando mais do que explosões curtas — constância tem vencido “sprints”.
Rastreador de categorias (quem puxa a fila)
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–54 kg (F): alto nível tático; vencedora do combate de Tatiana pega rota duríssima na semi.
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–60 kg (F e M): as chaves mais profundas do torneio — pedem ritmo e defesa ativa o tempo todo.
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–75 kg (F): atletas grandes com jab forte; rounds definidos por controle de centro.
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–65/–80/–90 kg (M): muitos duelos de estilos espelhados (contragolpe vs. contragolpe); quem forçar o primeiro passo do rival costuma levar o 10–9.
Agenda das quartas
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Quarta (10/09): sessões de manhã e tarde (ordem divulgada no dia)
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Quinta (11/09): reserva de ajustes/semis (conforme chave)
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Semifinais & finais: seguindo o daily schedule do comitê organizador
Como acompanhar: página oficial do evento (Live Schedule & Results) e boletins diários da organização.
Perguntas rápidas (FAQ)
Quem ganhar as quartas já tem medalha?
Sim. Não há disputa de bronze: os(as) perdedores(as) da semi ficam com bronze.
Tem transmissão aberta?
Geralmente, stream oficial do evento e CazeTV. Recomendamos verificar o site oficial na manhã de cada sessão.
Critério dos juízes mudou?
A base segue 10 pontos por round; comissão tem valorizado golpes limpos e ring-craft (controle de espaço), além de defesa ativa.
O que o Brasil precisa fazer para transformar quartas em pódio múltiplo
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Entrar pontuando: os primeiros 45–60s definem a leitura dos juízes.
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Não doar tempo morto: sair em ângulo após toda combinação.
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Gestão de fôlego entre assaltos: retorno do 2º para o 3º round é decisivo em lutas parelhas.
O Mundial de Boxe 2025 chega às quartas com o Brasil vivo em sete frentes e trilhas claras para medalhas. O torneio já mostrou que constância, jab e controle de centro estão decidindo placares apertados. Agora é a hora de transformar boa campanha em semifinais cheias de verde-amarelo.
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Comente: qual luta brasileira tem o melhor encaixe tático nas quartas?
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